Julho de 2017

Querido diário,

com o diagnóstico em mãos, definimos os tratamentos. Resultado dos exames: eu estou toda “estragada”. ☹ Tenho uma endometrite – uma inflamação no endométrio causada por miomas, que é autoimune e crônica, ou seja, não tem cura definitiva – e trombofilia, que é a causa mais comum de perdas espontâneas.

Até questionei o dr. Ricardo: “mas eu nunca tive problemas de circulação e, principalmente, nunca cheguei a engravidar”. Ao que ele respondeu: “como você sabe? Você pode ter até tido embriões, mas por essa questão de circulação eles não se fixaram”. É, me convenceu.

Além disso tudo, estou tomando um remédio para minha tireoide (também autoimune, em um índice que indica uma pré-tireoidite de Hashimoto) que a endócrino mandou. Para a questão do muco, que não produzo (eu não percebo aquela clara de ovo saindo do colo do útero no período fértil, sabe?), estou tomando o FertiSOP, que também promete melhorar a qualidade dos óvulos.

De quebra ainda tenho uma incompatibilidade genética com meu marido, apontada no exame de Cross-Match. O dr. Ricardo me explicou que como o embrião tem 50% de carga genética da mãe e 50% do pai, é como se meu organismo rejeitasse o pobrezinho. É bem como um organismo que recebe um órgão transplantado e o rejeita, sabe?

Para completar, produzo células chamadas NK (literalmente, Natural Killers = assassinas naturais. Que medo!). Por fim, realmente meu estoque de óvulos está bem baixinho. O médico foi categórico: vamos tentar por três meses naturalmente, mas se você não engravidar, sugiro procurar um novo especialista em reprodução para tentar nova fertilização in vitro.

Saímos do consultório entre apreensivos – quanta coisa! –, chateados (como nenhum médico tinha notado nada disso até hoje? Fazem seis anos!) e aliviados. Sim, finalmente temos nosso diagnóstico!

 

*Se você tem acompanhado o Cadê vai notar que esse post está bem atrasado e que já tive meu positivo <3. Mas achei válido dividir o episódio de hoje porque você pode estar vivendo esse momento e se identificar com alguém que passa pela mesma dor sempre alivia o fardo. Mas se quiser acompanhar a história toda, com começo, meio e fim, clique aqui.

Ah, e se tiver uma história para me contar, me procure na página do Cadê no Facebook, clicando aqui.


6 thoughts on “Julho de 2017

  1. […] do diagnóstico (que contei aqui), começamos todos os tratamentos. Pela ordem, são eles: 1. Agende... cademeunenem.com.br/diario-agosto-de-2017
  2. […] mim, a histeroscopia foi fundamental, pois permitiu o diagnóstico de endometrite (como já contei a... cademeunenem.com.br/histeroscopia-socorro
  3. Jaque Responder

    Ola! Quais alterações deram para fechar trombofilia? Sou mthfr heterozigoto composto. Beijos e parabens pelo positivo!!

    1. Pri Portugal Responder

      oi, Jaque, tudo bem? A minha trombofilia é adquirida: o diagnóstico veio da anticardiolipina. Vc já está se tratando? Bjinho e volte sempre, Pri.

      1. Jaque Responder

        Ola!! Eu tenho q mutação no gene MTHFR, vou ao medico em novembro e veremos qual tratamento será instituído. Volto para contar. Beijo grande e obrigada pela resposta

        1. Pri Portugal Responder

          <3 torcendo muito por você! Bjinho

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