Certa vez, quando eu ainda tentava engravidar e buscava tratamentos não invasivos e menos caros, uma amiga me falou sobre o Flo Living, vocês conhecem? Eu nunca tinha ouvido falar, mas assim que ela me contou que curou seus ovários policísticos e conseguiu engravidar depois de anos de tentativas, revirei o site.
A criadora do Flo Living, uma americana chamada Alisa Vitti, tinha justamente ovários policísticos e, à época do diagnóstico, não se conformou com as notícias superpessimistas que os médicos lhe davam. Também estava descontente com os reflexos da doença na sua vida: da falta de apetite sexual às espinhas e ao sobrepeso – e olha que ela nem tentava engravidar então.
Resultado, vasculhou pesquisas e artigos científicos e desenvolveu seu próprio tratamento – que hoje ela vende pelo site em variações de acordo com o foco do cliente, e com preços que giram em torno de US$300. Parece uma fortuna – ainda mais com a cotação atual do dólar – mas eu confesso que fiquei encantada com uma proposta tão holística. Afinal, não somos apenas um útero e um par de ovários como muitos especialistas em reprodução parecem nos ver.
Os tratamentos de Alisa combinam meditação/mentalização positiva, alimentos e atividades físicas. Ela propõe uma mudança de hábito e promete entregar a cura. Com minha amiga funcionou. Eu não cheguei a testar porque logo depois descobri as causas da minha infertilidade e também porque sempre soube que meu problema não tinha a ver com ovários policísticos.
Apesar de oferecer um tratamento caro, ela disponibiliza em seu site vários artigos gratuitos e orientações bem bacanas. O único problema é que só tem em inglês. Revendo alguns e-mails que eu havia separado sobre assuntos interessantes para o Cadê achei um artigo em que ela relaciona ovários policísticos com pensamento negativo. É muito bacana e resolvi traduzir um trechinho para vocês (o texto original fica aqui):
“Um fluxo constante daquelas conversas internas negativas cria o oposto de harmonia para sua fisiologia. Pode ser ‘eu sou gorda’ ou ‘eu não sou bonita o suficiente’ ou ‘meu corpo nunca vai funcionar como deveria’. Você diz essas coisas para si mesma e seu corpo ouve. Seu corpo reage com uma resposta ao estresse e é assim que essas palavras se tornam obstáculos para a cura e a recuperação do seu corpo. O que você pensa sobre seu corpo aparece em seus ciclos menstruais. É claro que, com os ovários policísticos, mudanças na dieta e no estilo de vida também são componentes essenciais do tratamento. Além disso, tenho falado aqui sobre problemas do nosso microbioma como uma resposta inflamatória. Mas o sentimento que as mulheres com SOP têm sobre seus corpos é um fator que eu acho que merece atenção”, explica.
Então, meninas, menos autojulgamento e mais acolhimento. A gente é linda e não precisa seguir nenhum padrão. Que tal se amar mais?
Foto: Flickr/Morgan
Priscila aparecida Monteiro Irsigler 5 de agosto de 2018
Tenho SOP, e como já sofri com isso. Fiz tratamento por 2 anos e no fim a médica me disse : olha não deu certo pra vc esse tratamento! Simplismente tirou meu chão . Fui em outra médica a qual de cara me encaminhou pra fertilização , comecei a fazer alguns exames , e durante 1 semana passei mal , fiz 5 exames de sangue e 5 de urina resultado dos 10 exames: normal ! Foi qdo minha médica me pediu um ultra pois eu continuava passando mal. E nessa ultra descobri minha gravidez , eu já estava entrando no 4°mês , como fiquei feliz , aliás ficamos . Família amigos , vizinhos todos q nos conheciam . Hje minha princesa já tem 8 anos , e estou mais uma vez tentando ter outro bb. Espero e confio q Deus há de me abençoar novamente.
Pri Portugal 13 de setembro de 2018
<3 que linda história, Priscila, meus parabéns! Bjinho, Pri