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Engravidar não é tão fácil como parece…

E não é isto que você está pensando. Não falo sobre educar uma criaturinha, tampouco sobre as noites em claro ou as contrações antes do parto. Acontece que às vezes é mesmo complicado engravidar. E você pode estar pronta para todos os desafios da maternidade, mas não para ela simplesmente não vir. Aconteceu comigo – e com muita gente – só que parece que o assunto é um tabu. Um tabu maior que o aborto, que a gravidez não planejada e até maior que não querer engravidar. Repare como hoje se fala sobre todos estes assuntos claramente, abertamente, em grupos de mulheres, na rodinha do bar, nas páginas dos movimentos feministas nas redes sociais… mas querer e NÃO CONSEGUIR engravidar? Tabu.

O louco é que basta você contar a sua dor para algum amigo ou parente para ele emendar na hora: minha vizinha/amiga/prima/irmã/tia também está tentando há muito tempo. Ou demorou 5/10/15 anos para conseguir engravidar. Significa? Significa que não estamos sós neste mundo, e que o problema não somos nós. E que conversar sobre isto alivia o coração e faz você se sentir menos culpada, triste, incompleta, desesperançosa e até incompetente (sim, eu já me senti incompetente muitas vezes). E que se não deu certo não é porque você tomou uma taça a mais de vinho no final de semana. Ou porque não ficou deitada com as pernas para cima meia hora depois da relação.

Depois de seis anos tentando, eu já passei por terapia de florais, tratamentos alternativos como microfisioterapia e terapia quântica, procurei cura espiritual e na alimentação, meditei, fiz yoga, dança do ventre, usei exame de controle de ovulação, estive em pelo menos 5 consultórios de ginecologistas, fiz dezenas de exames, passei por duas fertilizações in vitro e uma inseminação. Por enquanto.

Trago minha experiência pessoal e intransferível – muito do que digo não se aplica a você ou, talvez, a ninguém mais. Inclusive, não fiz o trajeto habitual – 3 inseminações e 3 fertilizações, como costumam aconselhar os médicos. Mas acredito que você vai se identificar com alguns momentos e sentimentos que eu descrevo neste site. Procuro trazer o assunto com leveza e até humor, na medida do possível. Se eu te ajudar a dormir bem hoje, já fico feliz. Se você quiser dividir comigo sua história, cumpri minha missão de mostrar que estamos juntas nessa e que não existe manual para ser mãe, mas também não existe para não ser. E você não vai encontrar neste site, em nenhum momento, a palavra “tentante”. Feia pra caramba, né? Prefiro me imaginar como quase-mãe, pode ser?

Ah, aproveite este espaço para trazer suas dúvidas. Como todo jornalista, adoro conversar, pesquisar, apurar. Minha ideia é esclarecer procedimentos e tratamentos, conversando com médicos, terapeutas, pesquisadores e quem mais for necessário para te acalmar. Porque, sinceramente, os sites onde eu buscava respostas me deixavam mais desesperada que me ajudavam. Lembro que quando procurei “o que é histerossalpingografia?” não dormi à noite de medo – tão horrorosas eram as descrições que vinham de pessoas despreparadas e, até, tenho pra mim, desalmadas. Na real, este é um exame (que vê as trompas e o útero) supertranquilo.

E o que este site tem de diferente? Aqui, você vai conversar com quem ainda não conseguiu engravidar, tirar suas dúvidas relacionadas ao assunto e ouvir dicas, conselhos e depoimentos de quem realizou o sonho de ser mãe depois de muito tempo tentando ou obstáculos aparentemente intransponíveis. Ninguém corre o risco de entrar aqui chateada e, na página inicial, ter que escolher entre ler sobre “o desenvolvimento do bebê nos primeiros meses” ou “parto – eis a questão”. Não falo para grávidas. Falo apenas para quase-mães. E nunca vou te dizer: “É só você desencanar”. Dito isto, entre e fique à vontade!

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*Esse site está lindo assim graças à imagem que está lá no topo da página, idealizada pela fotógrafa Patricia Stavis e com o móbile (fofo!) da Uá Uá Baby. As ilustrações do meu diário são da Débora Santos.