“Tentei engravidar por três anos e meio. Tive depressão algumas vezes, fiz muitos testes de gravidez e no meu caminho teve muito choro e muita oração, como acontece com todas as meninas que vivem esse sofrimento. Até que chegou o dia em que recebi a notícia de que só uma FIV me ajudaria. O médico disse isso porque tenho hipotireoidismo e prolactina alta.
Na clínica de reprodução assistida, fiz seis meses de coito programado. Foi quando descobri que não ovulava e, portanto, não deu certo. Partimos, então, para a fertilização. Foram meses até conseguir regular meu TSH e assim, em abril de 2014, começamos as tentativas. Só que dava tudo errado.
Primeiro, comprei as medicações com uma moça e ela não me enviou. Perdi muito dinheiro nessa história e ela nunca me devolveu. Para piorar, chegou o dia de começar o tratamento e eu não tinha nenhuma medicação em mãos. Corri atrás feito uma louca, no meio do trabalho, levando bronca da minha chefe e tudo. Foi um desespero, mas consegui! Cheguei em casa e apliquei a primeira injeção com uma alegria imensa, depois de um dia de lágrimas.
Colhi os óvulos e consegui quatro embriões, todos blastocistos. Que felicidade! Quando chegou o dia da transferência, o médico colocou o aparelho de ultrassom na minha barriga e de cara já vi que tinha tido hiperestimulação. Afinal, depois de tantos ultrassons a gente aprende muita coisa (risos). Já caí no choro e o médico falou que nessas condições não poderia transferir.
Chorando, eu pedi para ele: “doutor, por favor, se existe a mínima chance de podermos transferir hoje, transfira”. Ele me perguntou o porquê e eu disse que já tinha tido depressão e não tinha mais condições psicológicas de ir embora sem aquela transferência. Eu sei que não é certo discutir com o médico, mas tive vontade e falei. Então, ele concordou em transferir um embrião, desde que eu mantivesse repouso e acompanhamento. Topei na hora.
Ele transferiu e nunca mais vou esquecer aquele momento mágico. Eu vi meu filho indo pra minha barriga. Chorei o tempo inteiro. Quando acabou, o médico disse: “que agora tuas lágrimas sejam de felicidade, porque teu bebê está na tua barriga”. Fiz repouso certinho e chegando no nono dia depois da implantação, fiz um teste e deu positivo. Era um dia antes do dia das mães e eu nem acreditei. Acabei fazendo quatro exames diferentes, um atrás do outro.
No dia seguinte, liguei pro meu médico e levei a maior bronca. Ele disse que poderia ser um falso positivo por causa dos remédios à base de hcg que usei. Mas ele estava errado: no 12º segundo dia estava lá meu positivo. Fiquei radiante, mas ainda muito apreensiva. Foi só com seis semanas e dois dias que me permiti comemorar, durante o primeiro ultrassom do meu bebê. Eu chorei tanto! Ali me libertei e acreditei que finalmente era minha vez. Lembro que meu gineco falou que os primeiros ultrassons de mães que tiveram dificuldade para engravidar eram sempre muito especiais. Passei a gravidez toda agradecendo.
Meu parto estava previsto para o dia 18 de janeiro de 2015 e fiz o último ultrassom no dia 22 de dezembro de 2014. Estava tudo ótimo, colo grosso, fechado, sem contração, meu filho estava virado mas não encaixado, tudo perfeito. Mas do nada entrei em trabalho de parto no dia 25. Resumindo, meu filho nasceu de repente no dia do Natal, prematuro de 36 semanas, esbanjando saúde, perfeito, lindo! Ele se chama Samuel, que significa ‘Deus ouviu’. Até hoje eu olho pra ele e não acredito. Às vezes choro de alegria e gratidão a Deus.
Hoje eu consigo olhar para trás com carinho. Foi a coisa mais difícil que eu já vivi, mas tudo valeu a pena. E como valeu. Não desistam, creiam. Deus é bom e NUNCA nos desampara!”.
Francielli Stecker, 30 anos, mãe do Samuel, de 2 anos
Idreamofyoudearbaby 31 de outubro de 2017
Chorei ao ler este testemunho. Isso me enche de esperança, Deus está na frente do meu caso tbm
Pri Portugal 31 de outubro de 2017
Fico contente que tenha se identificado. Seja bem-vinda ao Cadê Meu Neném? Somos um espaço de acolhimento e espero que você se sinta abraçada. <3 Beijinho
Suellen 20 de agosto de 2018
Estou lendo depoimento atrás de depoimento e chorando sem parar! Neste blog encontrei muita informação e mais ainda, muita esperança para não desistir do meu sonho de ser mão. Mesmo com todos os contras (vasectomia, miomas, hipotireoidismo, alta prolactina, 34 anos), ainda sonho que dará certo, se for a vontade de Deus!
Pri Portugal 17 de setembro de 2018
Bem-vinda ao Cadê, Suellen. Desejo muito que você se sinta acolhida por aqui. Vc está conseguindo tratar o hipo, a prolactina e os miomas? Quais condutas seus médicos estão seguindo? Ter um diagnóstico já é partir de algum lugar e te desejo sorte e força para continuar essa caminhada. Bjinho, Pri