Setembro de 2015

Neste caso, então, uma inseminação artificial, muito mais barata que a fertilização, resolveria, querido diário, pois colocaria os espermatozoides já no lugar certinho. Por cerca de R$2.000 e no consultório dele, sem anestesia nem nada, fizemos o procedimento que, aparentemente, seguiu um curso perfeito e ainda, pela primeira vez, me trouxe um sintoma: eu sentia cólica todas as noites, o que pode ser um indício de gravidez. Só que para alguém que se olhava no espelho todos os dias, por anos, tentando encontrar uma alteração no corpo que fosse, renovar a esperança, foi devastador.

Devastador porque teve resultado negativo. Eu estava viajando, acessando uma internet ruim, que caía o tempo todo e, quando consegui finalmente ver no site do laboratório, quase desmaiei. Literalmente.

Aquele resultado negativo exauriu as forças que me restavam. Não consigo mesmo explicar, diário, a dor daquele momento, mas a sensação era de que o mundo ruía aos meus pés.

Quem nunca passou por isso não entende, mas a verdade é que tentar engravidar sem sucesso por muitos anos (a esta altura, 4 anos e meio, já) é como viver um pequeno luto a cada mês. No meu caso, com o fantasma dos óvulos se esgotando, então, o luto nem era tão pequeno assim…

 

*Para ler a íntegra do Diário da Minha Não-Gravidez, clique aqui.

Se tem uma história parecida para me contar, me procure aqui.


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