Você sabe o que faz uma doula de adoção?

Você sabe que existe uma profissional chamada doula de adoção? Eu confesso que não sabia. Como já contei aqui no diário, eu e meu marido somos habilitados para adoção e lembro que todo o processo – decidir que era isso mesmo que queríamos, buscar informações, correr atrás dos documentos, nos inscrever para fazer o curso no Fórum mais próximo da nossa casa, buscar atestado médico, grupo de apoio e, finalmente, preencher a temida ficha – foi muito difícil. Parecíamos estar caminhando no escuro. E olha que temos pessoas muito próximas que adotaram e que nos apoiaram muito e ajudaram com informações.

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O que faz você ser você?

Ontem estava no banho ouvindo meu álbum favorito no momento (Luminoso, do Gil) – obrigada, Spotify, pela graça alcançada – e, como acontece praticamente todas as vezes que escuto essas músicas, um trecho de uma delas (“Você e Você”) me fez viajar nos meus pensamentos. A letra é assim:

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“Com a Síndrome dos Ovários Policísticos não pude engravidar naturalmente. Ao invés de fazer uma FIV, preferi adotar e sou completamente realizada”

Tive apenas dez segundos para decidir se seria mãe. Mas essa é uma longa história. Em 2012, após dois anos tentando engravidar, meu médico disse que isso seria impossível de forma convencional, pois eu tinha Síndrome dos Ovários Policísticos. more ““Com a Síndrome dos Ovários Policísticos não pude engravidar naturalmente. Ao invés de fazer uma FIV, preferi adotar e sou completamente realizada””

“Desde criança quis ser pai. Muito antes de saber que não poderia ter um filho biológico. Carreguei o Samuel no peito por 9 meses e hoje me vejo nos olhos dele”

Eu costumo dizer que tive uma gestação de alto risco, e que aprendi na marra a ter coragem de enfrentar a possibilidade de não ser pai. Aprendi também que o conceito de maternidade não é uma coisa tão simples, até porque ele nem sempre requer ‘mãe’ para ter seu significado real. Nem sangue. more ““Desde criança quis ser pai. Muito antes de saber que não poderia ter um filho biológico. Carreguei o Samuel no peito por 9 meses e hoje me vejo nos olhos dele””