Taí uma boa notícia para quem pensa em adoção: desde o começo deste mês, hospitais, postos de saúde e outras unidades de saúde do Distrito Federal terão que exibir placas com informações sobre a entrega segura de crianças. A lei foi sancionada no último dia 3 de abril e é positiva por vários motivos.
Primeiro porque vai trazer alívio para as mães biológicas que não têm condições – e não cabe a nós julgar – de criar seus filhos. Depois, porque as crianças passarão por menos sofrimentos. Muitas mães biológicas levam seus filhos para casa sem a mínima estrutura (financeira, familiar, emocional, psicológica) para dar a eles a atenção e o carinho que merecem. Algumas acabam abandonando a casa ou submetendo o bebê a uma rotina nada adequada, com drogas e relacionamentos instáveis. Por fim, porque o caminho do bebê até uma família de adoção vai se tornar muito mais curto. Como no Brasil o perfil da maioria das pessoas que desejam adotar demanda crianças com menos de um ano, isso é um avanço enorme. Quantas e quantas crianças crescem nos lares transitórios até que os pais biológicos percam sua guarda?
O abandono já é uma situação cercada de dor e culpa, e tornar o processo um pouco menos penoso para as famílias de origem é um grande avanço. Para as famílias que receberão seus filhos por meio da adoção, o caminho até seu final feliz também será mais curto. Todos tendem a ganhar.
Como deve ser
Segundo o site G1, as placas colocadas nos hospitais e postos de saúde devem conter o seguinte texto: “A entrega de filho para adoção, mesmo durante a gravidez, não é crime. Caso você queira fazê-la, ou conheça alguém nesta situação, procure a Vara da Infância e da Juventude. Além de legal, o procedimento é sigiloso”.
Isso é oferecer suporte às mulheres e não deixá-las sozinhas no desespero, o que tende a resultar em decisões precipitadas. Nas Varas de Infância, psicólogas e assistentes sociais devem acolher estas gestantes ou mães. Os bebês entregues são encaminhados para instituições de acolhimento, onde permanecem até que seja decidida judicialmente a sua inclusão no cadastro nacional de adoção. Vamos torcer para a medida ser adotada logo em outros Estados!
Foto:Flickr/ Nelson L.
alice 24 de abril de 2017
finalmente a concretização da informação e apoio a gestante e bebê.
sim, sei que há uma estrutura para isso no judiciário, mas está noticia não chega às gestantes despreparadas nos postos de saúde e hospitais que temem ser crime a doação.
creio que com esta atitude diminuirá o abandono.